domingo, 17 de maio de 2015

Educação sexual – No feminino

Fazer ou não fazer, por querer.

Aflitivamente a mãe previne a filha adolescente: “cuidado com ela, filha”. A pila. Mais ou menos indiretamente é como se dissesse: “faz como eu, nem penses que isso existe.”
Não sabemos se a mãe faz o que aconselha. Muitas contradições envolvem essas questões. Já na infância, no máximo, falava-se no “pipi” - porquê masculino? Na maioria das vezes referido apenas como ‘lá’ ou ‘ai’.



“Não mexas aí”
"Onde já se viu, fazeres isso?"
"Caca, feio”

Se não for a mãe, é a avó ou uma tia… A ensinar a fazer de conta que "aquilo" não existe.
A menina cresce, e a repressão subtil vai repercutir-se no seu comportamento. Ela aprendeu a técnica oriental do não executar, fingindo que não liga, que não é importante, como a mãe a ensinou, para ser uma mulher honesta.

No sexo, quais são as ações que uma mulher honesta pode fazer sem colidir com a sua repressão? Quais os movimentos intencionais permitidos?
Conversas provocantes, beijos de língua, caricias audazes por todo corpo, ou mesmo na pila ou no pipi, carícias com boca e língua no peito nas costas e no sexo (uiii se a mãe sabe!), movimentos ondulantes quando se regala com mimos bem-feitos. Masturbação frente ao parceiro. Ondular as ancas e o corpo antes, durante e depois da penetração. Contração voluntária dos músculos da vagina, etc.

Podemos utilizar estes movimentes e a sua amplitude para perceber quanto uma mulher é reprimida ou liberta de preconceitos. Mais repressão, menos movimentos voluntários. No limite podemos ter uma mulher em estado de coma.

Gestos mecanizados e automáticos, sem pensar, não servem para este objetivo. São inimputáveis. Têm de ser movimentos conscientes, voluntários e deliberados; não sendo assim, é como se não fosse ela. É como se não estivesse lá, para o momento, para o ato e para homem.






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