- A
sério?
-
Sim! O namorado pediu-a em casamento, ofereceu-lhe um anel e foi pedir a mão
dela ao pai…
- À
antiga…
- Sim.
- Que
horror, Maria tão romântico!
-
Porquê Manel? Antigamente esse amor servia de inspiração para homens e
mulheres. Elas sabiam que o seu homem não era um príncipe, mas que podiam
confiar nele; aquele com quem se comprometiam e podiam confiar até à morte.
Elas preservavam-se e davam-se ao respeito por ele.
-
Maria, dizes-me isso, tu que prezas tanto a tua independência! Liberdade e
romantismo não se conciliam, são opostos. O romantismo é baseado na ideia do
príncipe salvador. Salvar a mulher de quê? Do pai, de ficar para tia? Ou de
existir e se sustentar como uma pessoa, mulher, livre e independente?
- Como sempre Manel a estragar um momento bonito…
- Ainda não acabei. Para justificar isso ele dava à mulher o seu amor. Ela aceitava, teria de aceitar pois foi a eleita de entre todas as outras para ser amada e salva por ele. Então o homem com benevolência afirma “És a mulher da minha vida e eu amo-te…”
- Como sempre Manel a estragar um momento bonito…
- Ainda não acabei. Para justificar isso ele dava à mulher o seu amor. Ela aceitava, teria de aceitar pois foi a eleita de entre todas as outras para ser amada e salva por ele. Então o homem com benevolência afirma “És a mulher da minha vida e eu amo-te…”
-
Maria e tem mais. Pedir a mão dela ao pai é como se a Ana passasse da
propriedade do pai para a do futuro marido, seguindo uma história que foi escrita
a 4 mãos …as deles.