domingo, 30 de agosto de 2015

O convite… para sexo.



Num bar nos primeiros dias de um futuro relacionamento, ambos a pensar em fazer sexo.

- Maria é tarde e está aqui fumo. Queres sair daqui?
- Para onde?
- Vamos até à minha casa… (“Ainda bem que fui muito subtil. Apetecia-me mesmo era: Bebe essa porcaria e vem para a cama comigo, não aguento mais sentir a presença do teu corpo, aqui tão perto, tão enlouquecedor...”)
- É melhor não. (“Manel tão abrutalhado só pensas em sexo...lá mais para fim da noite talvez me tivesse apetecido…”)
- Porque não, Maria?
- Sinto-me bem aqui.

Diz-se que “As mulheres têm uma visão ampliada e subtil das coisas,  os homens uma visão mais direcionada e dirigida para um alvo.”
Eis como se pode falhar um alvo por se tentar cedo demais…

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Intimidade, familiaridade, desleixo e desejo sexual


- Manel, gosto disto, de acordar enroscada na cama contigo.
- Mesmo depois destes anos todos?
- Gosto da nossa proximidade; gosto de acordar com cara toda vincada, o cabelo amarfanhado, hálito menos fresco, saber que tu já me conheces e que não preciso de me esconder e de ir a correr pôr-me apresentável…
- Isso sim, é intimidade e familiaridade! Maria, acho isso mais íntimo do que fazer sexo.

- É tão bom não ter que me preocupar se tenho a depilação por fazer, poder usar um pijama velho ou umas cuecas esgarçadas…
- Maria esses momentos, aconchegados e ternurentos, são muito bons e geram amor. O amor familiar.
- Achas?
-Sim, mas esse é um problema pois com o passar dos anos ficamos cada vez mais próximos e cúmplices. Onde fica, então, o entusiasmo e a emoção que gera paixão e o desejo? Qual o tesão despertado pelas nossas cuecas velhas, as minhas meia rotas, um arroto ou a visão do parceiro a urinar?
- Manel a intimidade é importante! Conhecer bem a pessoa com que partilhamos a nossa vida é importante. O ideal é encontrar um distanciamento equilibrado entre uma convivência física constante que inibe o apetite sexual e o afastamento necessário para manter alguma novidade e mistério para não abafar o desejo e a paixão…
- Queres dizer que não podemos andar em casa, à vontade um com o outro?
- Não, não podes andar desmazelado, com roupa velha, rota...  É assim que me queres imaginar amanhã no emprego quando estiveres a pensar que à noite me vais comer?


sábado, 1 de agosto de 2015

Ser ou não ser bonita! Ou como irritar um homem.


- Manel, nunca me dizes que sou bonita.
- Digo muitas vezes.
- Não dizes nada!
- És muito bonita.
- Manel assim só para agradar, não quero. Cala-te!







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- Manel, qual de nós as duas é mais bonita, eu ou a Ana?
- São as duas igualmente bonitas.
- Mais valia dizer que achas a Ana mais bonita...
- Mas eu acho as duas...
- Sim, sim... está bem!
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- Manel, a Ana é bastante bonita.
- Pois é.
- ... (Maria amua)
- Maria, o que foi?
- Tu acha-la mais bonita que eu.
- Não, eu só concordei contigo quando disseste que a Ana é bonita.
- E eu? Eu sou o quê?
- Maria, és muito mais bonita que ela.
- Mentiroso, estás a dizer isso só para me calar.
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- Manel, achas a Ana mais bonita que eu?
- Maria se perguntares se acho uma mulher bonita, bonita vou sempre, dizer-te que sim. O que não quer dizer que todas as mulheres bonitas me atraiam sexualmente, percebes?
- Mas a Ana atrai-te sexualmente?
-Porra...  (só em pensamento)

As inseguranças e dúvidas femininas são questões para as quais o homem nunca vai ter resposta, nem pode ter pretensões, sequer, a resolver, pois nada pode alterar com a sua resposta. Geram diálogos que são pequenas pérolas nos relacionamentos e deixam sempre um ligeiro travo a azedo pelo modo como a mulher conduz a conversa...