quinta-feira, 23 de julho de 2015

O que ninguém quer dizer ou pensar sobre sexo!




Pânico!!!

“- Estou muito cansado, dou uma rapidinha na Maria e vou-me deitar”
“- Mais uma vez, quando eu estava a começar…acabaste!”

“- Gosto dos filhos a dormir na nossa cama, assim não tenho de fazer sexo, estou tão cansada!”
“- Vou para a cama já, para adormecer rápido assim ela não me acorda…”

“- Vamos ver se ele não olha muito para mim, pode querer sexo, já não fazemos há tanto tempo.”
“- Estou em pânico, que se passa comigo, não me excito com a minha mulher. Enquanto tantos a desejam...Até tenho vergonha de contar a alguém”

“- Não me cuidei, pareço um barril. Quem pode desejar-me? Só de me ver ao espelho perco o desejo.”
“-Tu não me ajudas em nada em casa! Quando queres sexo estou tão cansada. Não penso em sexo nem tenho vontade de que me desejem…. Quero descansar... "

“- Porque tenho tesão pela minha colega se a minha mulher é muito melhor?”
“- Hoje não quis sexo, ele não foi comigo ver os meus pais.”

“ - Tens dores de cabeça sempre na hora mais conveniente.”
“- Não faço sexo porque não gosto de fingir um orgasmo, não é correto mas, por vezes, tem de ser!”

“-Amo-o/a  tanto!   Sinto-me seguro/a com o meu parceiro, amigos e família dizem que ele/a é muito bom para mim. Não quero terminar porque posso não encontrar mais ninguém assim. Entrei numa rotina de sexo missionário,  eu/tu por cima tu/eu por baixo, ao deitar já estamos mortos de cansaço.”

“- Tenho um grande desinteresse sexual pelo meu parceiro, embora às vezes até sinta vontade. No entanto quando chega o momento...sinto que falta alguma coisa.”

“- Sou carinhoso, divertido, oiço as tuas histórias do trabalho, mas não vale a pena afastar-me do principal: eu tenho é tesão pelo teu corpo.”
“- Abres a porta do carro, és cuidadoso, divertido e carinhoso. Na cama quero ser bem fodida. Quero render-me à tua rigidez, à tua força …”

sábado, 18 de julho de 2015

Intimidade e o desejo sexual



Juntinhos no sofá a acabar de ver um filme no DVD.
- Vou arranjar-me para irmos…
- Sim, eu também.
“Tudo sem surpresa! Maria, eu vejo-te a arranjares-te para a festa, tomas banho, cortas os pelos das pernas e lavas os dentes, ao meu lado, na casa de banho. No quarto, vestes as cuecas de fio dental, depois o vestido, sem soutien, uma lufada de perfume no pescoço e enfias os sapatos de salto.”
Passado algum tempo.
- Manel, estou bem?
- Estás linda, bem arranjada!
- Só me dizes isso? Assim, sem nenhum entusiasmo!
- Estás muito bonita! Sabes mesmo o que me apetecia?
- Não, Manel.
- Apetecia-me ir embora e dizer-te, vai comprar  um vestido, lingerie, batom, etc. Arranja-te e vai ter comigo à festa. Arranja-te sem eu ver! Faz-me sentir expectante e ansioso a imaginar como vais aparecer. Quero sentir-te ansiosa pela espera dos meus olhos a brilhar de agrado. Vou olhar para ti, e vou ver coisas que não conheço, tentar adivinhar se trazes um soutien novo, ou nenhum! Ou que cuecas são essas que não deixam marca nesse sítio esperado! Mostra-me o que não conheço…
- Mas isso é uma coisa que podemos fazer, está ao nosso alcance.


domingo, 12 de julho de 2015

Casais "felizes" sem desejo.



- Manel, a Ana esteve a desabafar comigo sobre o marido!
- Curioso o marido também falou comigo, quando viemos do futebol!
- Engraçado! Falta só dizeres que foi sobre sexo!
- E foi! O António lamentou-se. Apesar de adorar a mulher e dizer que é feliz com ela. Não fazem sexo, e já nem tem vontade de o fazer! ( ver “
Amado, mas não desejado “)
- Uauuu!… Foi exatamente o que a Ana me disse!  (ver “
Amada, mas não desejada”)
- Sabes, Manel, estou agora a lembrar-me de quando passámos pelo mesmo. Quando o sexo contigo, Manel, passou a ser escasso eu perguntava-me o que estava a acontecer. No início, eu ainda tinha algum desejo, mas tu davas sempre desculpas então eu também entrei nessa dinâmica. Como não conseguia resolver a situação, deixei de pensar nisso para não me aborrecer. Convenci-me que estava tudo normal. O mesmo acontecia com muitas amigas minhas.
- Andava mesmo sem desejo sexual nenhum, Maria e tu também. Como não fazíamos sexo sentia-me ansioso e inseguro.
- Eu pensava que não já não era atraente para ti. No entanto tínhamos carinho, respeito, amor e dizíamos que eramos felizes!
- Eramos grandes amigos, Maria. Felizmente detetámos esse problema antes da falta de sexo provocar o nosso afastamento, antes do diálogo ficar mais seco e de o carinho ser confundido pelo parceiro com menos desejo com pedido de sexo, uma nova fonte de frustração, culpas, raiva e discussões.
- Manel, no nosso esforço  
para criar uma vida a dois, confortável, segura, previsível com respeito e amizade para viveremos com a nossa família…
- Esquecemos que o desejo floresce com aventura, inovação, mistério, imprevisto, incerteza, risco, distância e admiração [Ver "Os paradoxos do desejo"]
- Parece-me que o problema dos nossos amigos é igual ao nosso e chama-se familiaridade e intimidade.
- Intimidade, a sensação de conhecer cada detalhe do parceiro dá segurança, conforto, faz-nos sentir em casa. Casais com relacionamentos longos e muita intimidade, valorizam muito o seu conhecimento sobre o outro,  fazem previsões sobre o que este pensa ou vai fazer, por conhece-lo tão bem. Mas o desejo gosta do imprevisível.
- Manel, como desejar o que conhecemos, prevemos e já possuímos?



segunda-feira, 6 de julho de 2015

O tamanho interessa?



- Maria, está a dar um documentário sobre sexo!
- Sim, e depois?
- Estão a falar do tamanho.
- O tamanho de quê?
- De que é que há-de ser? Do pénis.
- E depois?
- Olha, em Portugal a média do tamanho é 9.85 cm em flacidez e de 15,82 cm em ereção.
- Manel, é incrível como é que há homens adultos que ainda acham que para uma mulher, o tamanho é importante...
- Ah! E é importante ou não?
- Claro que não, Manel.
- Ok.
- Desde que seja alguma coisa que se veja, nem demasiado pequeno, nem demasiado grande.
Olha Manel a minha vagina não foi feita numa fábrica da AUDI. Praticamente foi feita à mão, é única em elasticidade, comprimento, largura e qualidade. O que me satisfaz é o encaixe perfeito!
- (Em pensamento) “É isso que todos procuramos nas nossas relações!”