quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A compra de roupa.

- Manel hoje vais comprar roupa! 
- Achas que preciso? 
- Precisas de umas calças e uma camisola! 
Mais tarde num Centro Comercial…
- Olha aquela camisola tão bonita? 
- Achas Maria? Vermelha? 
- Eu é que sei o que te fica bem! Vais experimentar, por favor. 
- Está bem. Não gosto muito da côr! Gosto mais da cinzento! 
- Nunca ouves o que eu digo Manel, para a outra vez vais sozinho compra roupa!

Maria sente-se bem a escolher a roupa do Manel, gosta de o ver com as roupas que escolheu. Gosta de ir ao supermercado e comprar tudo para a casa à sua maneira.
Ele vai-se acomodando, sente-se mimado e lá no fundo, bem guardadas, estão as memórias dos bons momentos em que a mãe tratava de tudo.

Como se vê pelo diálogo a Maria estimula a dependência do Manel, fazendo até chantagem. A curto prazo a Maria vai sentir-se bem, dominante e tem prazer em mimá-lo. A longo prazo quais as consequências desta atitude? O que vai acontecer quando a relação avançar e o Manel já não souber escolher roupa nem comprar coisas para a casa? Um dia a Maria não vai poder fazer isso e não pode contar com o Manel porque ele vai responder, nem sei quando precisa de roupa quanto mais como comprá-la. Fazer as compras para a casa segue pelo mesmo caminho.

Mais tarde Maria num aniversário familiar humilha-o suavemente sem intenção. -
- O Manel nem escolher roupa sabe. Nem imagino como seria ir ao supermercado…

Ela, inconscientemente, já acha que ele lhe é inferior, com o instalar da monotonia na relação a sua admiração por ele vai cair e sem admiração não há desejo nem amor… Para reverter este quadro o primeiro passo é sempre o mesmo, ambos devem estar conscientes do facto. Os homens devem estimular a sua independência e autonomia pessoal de uma forma segura e as mulheres devem estimular essas escolhas ao mesmo tempo que devem deixar de lado o seu forte instinto maternal de querer sempre proteger, melhorar e transformar o parceiro.


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Manel, sexo, cartas, viagra, relações

- Maria, achas que um dia destes tomo Viagra?
- Para quê?
- Para termos uma sessão de sexo sem limites nenhuns.
- Qual é o teu problema já me queixei alguma vez?
- Não.
- Então, não precisas.
- Como sabes se nunca experimentamos?
- Tu satisfazes-me assim e, de certeza, deve fazer mal a alguma coisa.
- Achas? Vou investigar na internet e depois falamos. 


Dias depois Maria surpreendentemente recebe uma carta.

"Querida Maria.

Como prometido fui investigar a utilização do Viagra para fins recreativos.
Numa pesquisa rápida na Internet, encontrei factos, (ou não), maravilhosos sobre esta droga: 

    • Protege as espécies ameaçadas ao diminuir o consumo de iguarias exóticas que supostamente aumentam a virilidade, feitas a partir de animais em extinção, como chifres de rinocerontes e garras de tigre;

    quarta-feira, 12 de novembro de 2014

    Os homens pensam com a cabeça de baixo?

    - Estive ao telefone com uma amiga, Manel.
     - Com a Ana?
     - Sim. Falámos de como era uma pena que os homens não pensem mais com a cabeça de baixo!
     - Pensava que os homens pensavam sempre com a cabeça de baixo.
     - Enganas-te, Manel.
     - A sério? Porque…
     - A Ana desabafou comigo. O marido chega a casa, cansado, esparrama-se flácido e apático no sofá, liga a televisão e pergunta, “Já pagaste as contas?”. Depois ainda reclama “Sempre a mesma vida! Estou farto!

     - Maria. Se o marido da Ana pensasse mais com a cabeça de baixo o que acontecia? - Pensa comigo. A cabeça de baixo é espetacular penetra, insemina, inicia um projeto maravilhoso e, praticamente da nada, forma uma nova vida. Ela é insistente, precisa, impetuosa, trabalhadora, paciente e quando se direciona para um objetivo faz tudo para o conseguir, continua, continua...sem se cansar, até atingir o seu objetivo. O seu maior prazer é terminar um projeto. Cada fim de tarefa proporciona-lhe o gozo e o prazer de chegar ao apogeu.
    - Hum ...Se marido da Ana pensasse mais com a cabeça de baixo....
    - E tem mais Manel. Quando pensas com a cabeça de baixo nunca sou enganada!
    - Porquê?
    - Ela é honesta quando se propõe atingir um alvo, não engana ninguém, segue o caminho na sua direção até atingir o clímax de penetrar na mouche.
    - Então é isso, Maria, quando eu penso com a cabeça de baixo, sinto o peito inchado, a cabeça erguida e gosto de sentir o meu valor pessoal e energia apreciados. Quero sentir-me vivo, desbravar, conquistar, penetrar e romper novos caminhos.
    - É isso mesmo. Muitos homens pensam pouco com a cabeça de baixo, Manel.
    - Acabaste de me destruir um mito Maria


    terça-feira, 4 de novembro de 2014

    Manel. Este vestido, faz-me gorda?


    - Manel! Este vestido, faz-me gorda?

    Manuel ouve a pergunta e, imediatamente, se sente desconfortável, com um enorme mal-estar e com vontade de ficar calado e fechado numa concha ou de virar costas e fugir. Maria está com o mesmo peso e, mesmo que aos seus olhos ela estivesse mais gorda, ele nunca iria dizer isso na sua frente.
    "Mesmo que eu fale verdade ela não vai acreditar"- pensa ele enquanto alinhava uma resposta pouco entusiástica e insegura, sem a olhar de frente:

     - Hum... Não, fica-te muito bem!
     - Nem olhaste para mim…
     - Estás linda!
     - Eu tenho espelhos em casa. Não me tentes enganar!


    Maria sente-se insegura, perdida… um dejá vu...
    Outro Manel e outra Maria já com uma relação mais desgastada:

    “- Manel! Este vestido, faz-me gorda?
      -.......
      -........
      -..…..
      - Quem cala consente, estás a fazer-te se desentendido, Manel, mas eu conheço-te miserável. É isso  que tu me ligas nem mereço resposta…

    Manuel continua a pensar, porque está ela à procura de defeitos no seu corpo...Se a Maria soubesse que apenas com uma camisola ele vê uma verdadeira deusa, quando acorda toda esguedelhada com um sorriso ele se sente o homem mais feliz do mundo, ela não percebe o quanto ele fica vidrado com as curvas do seu corpo quando a vê a trocar de roupa… Então ocorre-lhe outra abordagem.

    - Manel! Este vestido, faz-me gorda?

    - ….
    - Amor, ouviste a minha pergunta?
    - Sim, fazes o favor de o despir, Maria?
    - Porque...
    - Para apreciar ….
    - Já estou despida!
    - Olha, vou baixar as calças e vais-me responder. Achas a minha pila pequena?


    No silêncio que se seguiu ela olhou-o nos olhos e continuaram a tirar a restante roupa...