segunda-feira, 23 de maio de 2016

Ele tem outra?


- Acho que o meu marido tem outra.
- Outra mulher?
- Claro!
- Hum! Ana, já descobriste alguma coisa? Como sabes? 


- Não descobri nada. Só não temos sexo há muito tempo.
- Isso não quer dizer nada! Não tens sexo porque ele não quer?
- É mais por minha causa. Não sei porquê Ana, mas não me apetece.

- E dizes-lhe isso?
- Nunca lhe disse, mas arranjo sempre maneira de não ter de fazer sexo. Deito-me mais cedo e adormeço, por exemplo.
- Ah! Mas isso não prova que ele já tenha outra mulher, pois não?
- Deve ter.
- Porquê?
- Porque sim. Os homens não aguentam muito tempo sem sexo, pois não?
- Perguntas-me a mim? Não sou homem!
- Pronto Maria. O que achas?
- Digo-te, se não estás apaixonada pelo teu marido, e não pareces estar e não tens tesão por ele. Nem sei porque te preocupas se ele tem outra ou não.
- Não é bem preocupar-me...
- É o quê?
- É curiosidade. Sempre quero saber se ele é capaz ou não.
- Capaz de seduzir e penetrar outra? Queres saber se ele ainda tem habilidade e vigor para levar para a cama outra mulher. Porquê?
- Porque não consegue fazer isso comigo!
- Tu não tens vontade de ter sexo com ele e estás a culpá-lo? Se soubesses que ele tinha feito sexo com outra o teu interesse e curiosidade iam aumentar o teu desejo por ele?
- Não sei...
- Ana e se for verdade? Ele fez outra mulher ter vontade de ser penetrada por ele, o que não consegue contigo. Ias ficar intrigada e partir para a luta para descobrires o que te falta ou ficavas preocupada, com a tua autoestima em baixo a pensar que outra tem algo a mais que tu?
- Vamos mudar de assunto. Já te mostrei a minha mala nova?




domingo, 15 de maio de 2016

Simular com amor!



- Outra vez livre Ana?
- Sim.
- Gostavas tanto do António?
- Podes querer! Foi um homem de quem gostei muito. Mesmo muito. E tem mais, ainda gosto.
- Estranho, tiveram um namoro muito pequeno para quem gosta assim tanto…
- Chegou, foi o tempo suficiente.
- Como?
- Olha, em menos de um mês fingi mais orgasmos do que no resto da minha vida!
- Não acredito...
- Contigo não sei. Comigo, quando finjo que estou a ter prazer ou um orgasmo, é porque gosto muito do gajo.




segunda-feira, 9 de maio de 2016

Fazermos amor ou fazemos sexo?

- Manel hoje fazemos amor?
- Sexo queres tu dizer?
- Fazemos amor?
- Não! Fazemos sexo, Maria.
- Amor fazemos a toda a hora, quando te beijo ao acordares, quando passeio contigo ou mesmo quando discutimos. Sexo só fazemos às vezes, no momento em que decidimos os dois ter prazer. Maria, sexo é prazer! Então o que queremos é que a química faça efeito que os corpos se choquem que os cheiros e o suor se misturem. Ansiamos que o outro nos faça estremecer com a sua excitação porque isso alimenta a nossa e abre o caminho progressivamente para o clímax.
- Gosto mais de dizer, fazer amor, Manel. Desde pequena que ouço, nasceste do amor do pai e da mãe. Nunca ninguém me disse que fazer sexo é bonito!
- Tretas, todos nascemos do sexo não do amor!
- Sabes, sou uma romântica. Tens razão, o que efetivamente fazemos é sexo.
- Maria, entre um homem e uma mulher pode existir sexo sem amor, mas o amor sem sexo não existe. Gostes ou não das palavras, sexo é excelente.



segunda-feira, 2 de maio de 2016

As fantasias sexuais

- Adoro fantasiar com sexo, amor!
- A sério?
- É como ter um tablet cheio de vídeos feitos à minha medida. Vão comigo para todo o lado e entretêm-me e estimulam-me nos momentos de ociosidade ou quando tenho alguma contrariedade. Toda esta atividade mental faz-me pensar em sexo estimula-me naturalmente, aumenta-me o tesão e a vontade de fazer sexo.


- Antes assim Manel! Sempre ouvi dizer que o sexo primeiro se faz na cabeça.
- Sim, quando tenho a líbido em baixa também não tenho tantas fantasias e vice-versa.
- Teres vontade de sexo e de ter novas experiências sexuais é bom para mim! Para nós!
- A propósito de novas experiências Maria, se partilharmos as nossas fantasias ainda podemos aumentar mais o nossa cumplicidade e desejo.
- Vamos com calma! Temos de aprender a brincar com as nossas fantasias realizando-as ou apenas fantasiando o que requer uma grande aproximação e cumplicidade entre nós para contornar alguns aspetos mais inquietantes inerentes às fantasias.
- Inquietantes?
- Manel, as fantasias sexuais não têm limites culturais ou morais, diluem as repressões e as restrições da sociedade. Além disso são apenas direcionadas para a satisfação do nosso prazer sexual. São egoístas e criadas à medida dos anseios e desejos mais profundos, aquelas que teríamos pudor de contar ao nosso melhor amigo.
- Por isso temos que ter uma boa relação em todos os outros aspetos e estar muito próximos um do outro, Maria. Preparados para não exigirmos, coagirmos ou chantagearmos o outro. As fantasias predispõem-nos a considerar o parceiro como um objeto acessório sem sentimentos, emoções ou valores individuais.


Fantasiar é uma das maneiras mais prazerosas e lúdicas de apimentar a relação e sair da rotina. Além do mais, a fantasia estimula o relacionamento, favorece a cumplicidade e nosso envolvimento pessoal na relação. Precisamos de dialogar sempre sobre o que é bom para os dois e, se estivermos em sintonia, as fantasias entre casal vão fluir muito bem.