domingo, 19 de outubro de 2014

O Café e a necessidade de nos sentirmos especiais


O início

Hoje ao beber café observo os outros clientes; um pede um café curto, outro cheio, outro...
Em diálogo com a funcionária descobri que um simples café pode ser servido com inúmeros requintes; em chávena escaldada, em chávena normal, em chávena fria, pingado, sem principio e mais uma infinidade de combinações.
Serão mesmo necessárias tantas variantes de um simples café ou somos todos picuinhas?
Acredito que não somos picuinhas mas um café especial, com o tal toque de distinção, faz-nos sentir, por breves instantes, acarinhados e especiais.
Sim, no geral, somos egocêntricos, acreditamos que somos especiais e gostamos de ser mimados para nos sentirmos, por alguns segundos o centro do universo. Depois voltamos à nossa vidinha que acreditamos não ter nada de importante.
Inconscientemente nem nos apercebemos da fraude deste comportamento. Objectivamente falando os pequenos prazeres do dia a dia, como ir ao café, cumprimentar alegremente o funcionário, viver o prazer desse momento, deviam bastar para nos fazer sentir especiais.
Ao fim e ao cabo, estamos vivos e activos e só isso devia bastar para nos sentirmos fabulosos!
Eu que sou um grande apreciador de café, confesso que sim, iniciei este blog, para me sentir um bocadinho especial.

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