segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Intimidade, familiaridade, desleixo e desejo sexual


- Manel, gosto disto, de acordar enroscada na cama contigo.
- Mesmo depois destes anos todos?
- Gosto da nossa proximidade; gosto de acordar com cara toda vincada, o cabelo amarfanhado, hálito menos fresco, saber que tu já me conheces e que não preciso de me esconder e de ir a correr pôr-me apresentável…
- Isso sim, é intimidade e familiaridade! Maria, acho isso mais íntimo do que fazer sexo.

- É tão bom não ter que me preocupar se tenho a depilação por fazer, poder usar um pijama velho ou umas cuecas esgarçadas…
- Maria esses momentos, aconchegados e ternurentos, são muito bons e geram amor. O amor familiar.
- Achas?
-Sim, mas esse é um problema pois com o passar dos anos ficamos cada vez mais próximos e cúmplices. Onde fica, então, o entusiasmo e a emoção que gera paixão e o desejo? Qual o tesão despertado pelas nossas cuecas velhas, as minhas meia rotas, um arroto ou a visão do parceiro a urinar?
- Manel a intimidade é importante! Conhecer bem a pessoa com que partilhamos a nossa vida é importante. O ideal é encontrar um distanciamento equilibrado entre uma convivência física constante que inibe o apetite sexual e o afastamento necessário para manter alguma novidade e mistério para não abafar o desejo e a paixão…
- Queres dizer que não podemos andar em casa, à vontade um com o outro?
- Não, não podes andar desmazelado, com roupa velha, rota...  É assim que me queres imaginar amanhã no emprego quando estiveres a pensar que à noite me vais comer?


1 comentário:

  1. Achei que este artigo da Koolbuy poderia ser interessante para o tema do Vosso Blog.
    Apimentar a relação com

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