- Manel temos que ir ver esse filme? Li que esse filme é machista e
estupido! Aposto que nos íamos divertir mais com outro filme.
— Hmmmm… o que sugeres?
— Ah, eu queria ver “Um mistério de mulher”,
tem aquela loira que tu gostas!
— Porra! Comédia romântica? Vais-me fazer ver
isso?
— Ai...! Não precisas de ser bruto! Não
precisas de ver nada que não queiras. Nem de gastar o teu precioso tempo no
cinema comigo.
Maria, como não consegue
dominar o Manel pela força, quando discute com ele utiliza a sua superior
capacidade de manipulação emocional. Uma das suas técnicas preferidas é
responder atacando, por qualquer outra coisa. A reação imediata do homem é
desculpar-se, defender-se ou rebater o argumento. Isso desvia a sua atenção do
seu objetivo inicial. Vendo o homem enfraquecido, os ataques e as provocações
da Maria nunca mais vão terminar. Por exemplo:
- Eu não gosto de te ver com essa blusa, ela
mostra muito...
- Ah, achas é que eu estou gorda?
- Não, eu nunca disse isso e não acho que
estejas gorda.
Manel já está a
justificar a sua posição para responder ao ataque, Manel já está concentrado em
desculpar-se em vez de ignorar a resposta da Maria.
- Ah, então eu sou mentirosa também, é?
- Não, não estás a mentir. Eu só quero
dizer que não gosto que uses essa blusa.
Tenta desesperadamente
justificar-se para responder às arremetidas de Maria numa discussão sem fim.
- Por que estás a gritar comigo?
- Eu não estou a gritar contigo.
- Estás sim. Por que és sempre tão bruto?
Esta técnica de intimidação emocional feminina joga com as inseguranças masculinas e desvia a direção da conversa. Ela sabe que ele vai perder-se em justificações e quando perceber que a Maria não se vai calar, ele vai render-se, vencido pelo cansaço.
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